sexta-feira, 14 de agosto de 2015

As saudosas Festas no Country Club de Pedro Avelino RN


Boa tarde Galera! sexta feira chegou e com ela vem o esperado final de semana!

      Comecei o hoje o dia ouvindo aquelas Bandas do RN... aquelas bandas das antigas mesmo... Grupo Show Terríveis, Banda Grafith, Banda Montagem, Banda Mix... Dessa forma, não deu outra, a nostalgia me veio a mente, e resolvi fazer uma postagem sobre aquelas festas na nossa cidade. Isso, basicamente, final dos anos 80 e início dos anos 90.

Naquela época, havia apenas o Cheiro do Povo, onde ocorria a vaquejada e o saudoso Country Club, onde hoje é o CEI, ali em frente a praça da Rodoviária, antiga praça Garibaldi Alves. Com exceção da Banda Grafith, todas as bandas acima tocaram no clube de Pedro Avelino! Ainda passaram pelo palco do Country Club outras bandas, como 90 GrausNotáveisTártarosBanda ZoomBanda VoyagersImpacto CincoBanda Degradee, Brilho do Som, Raio de Luz, dentre outras.

http://paempretoebranco.blogspot.com.br/2012/11/o-country-club-marcou-epoca-e-geracoes.html

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Avelino





No final do anos 80 e início do anos 90, era comum a banda tocar cerca de 5 horas durante a festa. Me recordo que parte desse período, havia festa no clube municipal e no Hotel Vila De Cabugi,
de propriedade do vereador Cavalcanti, casado com uma filha de Zé Militão (em memória). No Hotel Vila do Cabugi, ainda ocorreram várias shows de calouros na nossa cidade e região. Esses shows de calouros costuma ter a participação de Seu Mané, da Rádio Rural de Mossoró. 

Ainda se tratando das festas nesse período,  a banda costumava iniciar o baile a partir das 23 h e se estendia até às 4 horas da manhã. Isso, com cerca de meia hora a 40 minutos de intervalo. Nesse intervalo, era a hora da turma "traçar" um cachorro quente na barraca do nosso amigo Severino Geraldo (em memória), conhecido como Pitoroco http://marcos.calaca.zip.net/arch2010-03-01_2010-03-31.html. Este, juntamente com sua esposa, possuía uma banca em frente ao nosso Clube. Tudo isso na Antiga Praça Garibalde Alves, hoje Celestino Bezerra, ou simplesmente a Praça da Usina.




Foram várias Bandas Bailes que passaram pelo nosso Torrão... Lembro bem de Banda Montagem, cujo vocalista era o nosso conterrâneo Jair, hoje proprietário do grupo Jair e Forró Melado. Teve também Banda Mix, com o músico Laércio. Ressaltando que nossa cidade tinha um carinho especial por esse cara. Na banda dele, havia um pedroavelinense que tocava na guitarra. Se não me engano, seu nome era Fantico. Lembro bem que muitas festas da Banda Mix eram acompanhas por “manhã de sol” no dia seguinte... 

Na realidade, esta manhã de sol se tratava de mais uma confraternização com a banda tocando durante o dia. As mesas e cadeiras, eram arrumadas ali na lateral do clube, parede com a Delegacia. As manhãs de sol costumavam iniciar por volta do meio dia e se estendia até as 18-19 h. Me lembro bem que se vendia basicamente cervejas, refrigerante e como almoço era oferecido muito feijão verde e paçoca. A pessoa do amigo Zé de Floro (em memória), pai de Breno e Júnior, era sempre um dos organizadores destes eventos. Ele chegou a ser presidente do Bloco Sassaricando. Bloco este que papai e mamãe também participaram, juntamente com um grupo de familiares e amigos pedroavelinenses, principalmente, a turma do Conjunto do IPE, onde moravam meus tios Galego e Zequinha. 

Eram festas eram realmente muito boas e animadas! Recordo ainda que meu tio Zequinha era o diretor de clube e muito envolvido com as festividades da nossa cidade. Dessa forma, eu, meu irmão mais velho Carlos Augusto, assim como os primos Marcos e Zé Bimba, sempre estávamos nessas festas. Isso, com cerca de 10-12 anos de idade...

Tais festas no interior possuíam certas particularidades. Ao longo do ano, as principais datas festivas da cidade eram divididas de acordo com o número de blocos do Carnaval. De maneira que um determinado bloco fazia a festa da semana santa, outro bloco a vaquejada, outro fazia o dia de finados, Natal, Ano novo e assim sucessivamente. Sendo que a festa do Padroeiro São Paulo Apóstolo, comemorada em junho, sempre foi organizada pela pessoal que cuidava da Igreja Matriz juntamente com o Padre.

Eu, meus primos e alguns amigos tínhamos um bloco de carnaval. Esse Bloco era chamado Sócomputa. Recordo que a primeira camisa do nosso Bloco, teve a arte da camisa feita pelo amigo Marcão, http://osantoniosdepedroavelinorn.blogspot.com.br/2015/04/espaco-do-pedroavelinense-1-marco.htmlcom os seguintes dizeres, "Nosso computador não fala, Só Computa..." isso dentro de um computador.

Nesse primeiro ano, brincamos o carnaval na cidade vizinha, Afonso Bezerra.

Nosso bloco chegou ainda a organizar algumas festas... Uma primeira ocorreu ocorreu com o Grupo Musical Itanildo Show na quadra. Uma segunda festa, ocorreu na semana santa juntamente com o Bloco Pau de Dar em Doido e Raimundo de Josélia, como responsável pelo bar. 

Havia todo um ritual na organização dessas festas... Venda de senhas, deslocamento até a cidade de Angicos para providenciar a bebida e o gelo, vendas de mesas durante a semana que antecipava a festa, ingressos... Era muito massa mesmo, e todos participavam dividindo as tarefas.

Relembro aqui que o nosso bloco Só Computa juntamente com nossos pais, tios e alguns amigos passaram por diversas vezes o carnaval na cidade de Caiçara do Norte, região praieira do nosso estado. Também brincamos muitos carnavais na Cidade de Macau com o bloco Kaça Mulheral. Cito aqui os nomes de alguns familiares e amigos que participaram dessa época: Meus irmãos Augusto e Júnior, os primos Marcos e Dedé de Zequinha, Bilú e Júnior de Cícero de Barracão, Estênio e Erlon de Zé Luiz, Antônio Neto de Galego, Marquinho de Maria Damiana, Dapaz, Irajan, Cléber e Cláudio de Manoel Cadó, Rodrigo de Zé TeodoroWanderson de MacárioCarlos André, Bezo de lourinha.

Turma essa que ainda continuou a se confraternizar em Pedro Avelino por muitos anos seguidos com mais alguns amigos como Marco Túlio e Márcio de Doutor, Vladimir de ChiquinhoBreno de Zé de Floro, e também com meus primos Maduro e Paulo Rogério. Todos esses filhos da nossa cidade. Alugávamos uma casa em Macau, e passávamos todo o carnaval por lá. Nós chegávamos na sexta pela manhã e ficávamos lá até a quarta feira de cinza. Lembrando que cada um, além de dividir o aluguel, entrava com duas caixinhas de long neck de cerveja. 

Abaixo ilustro algumas fotos dessa galera massa!
























































Continuando no que diz respeitos as Bandas do RN... Garimpando pela internet, uma entrevista com um músico que fez muito sucesso no RN nos anos 80-90, e também em estados vizinhos...

O cantor Roberto, tocou em várias bandas de sucesso, mas sua principal passagem foi na Banda Terríveis, onde era companheiro de banda do Tecladista Dorgival Dantas, https://pt.wikipedia.org/wiki/Dorgival_Dantas e Solange , que hoje canta na banda Aviões do Forró https://pt.wikipedia.org/wiki/Avi%C3%B5es_do_Forr%C3%B3. O também potiguar da cidade de Apodi, Xand faze referências a este músico. Este último, em seu canal do you tube (Xandnax) em que teve como convidada sua amiga Solange, relembrou que ficava vendo Roberto cantando no palco, e isso o inspirou bastante em sua carreira musical.

Lembro que nas festa em Pedro Avelino RN, este “band leader” se apresentou também na Banda Impacto Cinco, o cara dominava o palco mesmo. Hoje com mais de 40 anos de estrada ele ainda continua sua carreira musical com a Banda Roberto e maior expressão musical. Veja a entrevista na íntegra abaixo.

Tenham todos um bom final de semana!!


Hélio Santa Rosa Costa Silva, Rio de Janeiro, 14 de Agosto de 2015.

heliosilva77@gmail.com

Roberto Teixeira de Lima

Roberto Teixeira de LimaRoberto Teixeira de Lima, conhecido artisticamente como "Roberto Cantor", 50, trabalhou muito tempo no grupo Terríveis, onde atuou desde cantor a diretor musical. Hoje atua em carreira solo, depois de 20 anos trabalhando com os Terríveis. Nesta entrevista exclusiva concedida a O Mossoroense, o cantor falou sobre aspectos interessantes ce sua carreira, como a participação no disco da banda Cavaleiros do Forró, e ainda em vários jingles de campanhas políticas, o que o levou a disputar duas eleições como candidato a vereador, tendo quatro mil votos em cada um dos pleitos. Mesmo assim, deixou bem claro que não pretende repetir.
"Eu senti que a oportunidade apareceu. Era um trabalho que até então eu não conhecia, porque eu fiz um trabalho com os Cavaleiros do Forró e foi aquele estouro. Serviu de ponte para eu fazer tudo que sempre sonhei, que é a carreira solo", comenta entusiasmado com a sua carreira com a banda Forrozão Meus Amores, que deverá lançar seu primeiro CD em setembro.


O Mossoroense – Como foi o início da sua carreira como cantor?

Roberto Cantor – Eu comecei aqui em Mossoró, em 1969, quando eu participei do 1º Festival Estudantil, promovido pela Casa do Estudante de Mossoró.



OM – Antes disso, você não havia participado de nenhuma experiência como artista?

RC – Não. Até então, eu não havia participado de shows nenhum...



OM – Nem tinha intenção?

RC – Eu não tinha nenhuma intenção. Eu sempre cantava informalmente, entre amigos, num barzinho.



OM – E como você foi descoberto musicalmente?

RC – O meu amigo Raimundo Putim, que também é músico, foi quem me indicou para o festival estudantil, e eu interpretei uma música chamada "Mendigo de Feira". As quatro primeiras colocadas gravariam um compacto duplo em Recife. E eu tive a felicidade de sair de Mossoró pela primeira vez, entrar em um estúdio. Foi então que eu gravei a canção "Mendigo de Feira", que marcou a minha vida e foi o pontapé inicial para a minha carreira artística.



OM – E depois que você participou desta coletânea?

RC – Nós montamos uma banda.



OM – Quem?

RC – Eu, Raimundo Putim, José Arnoud, Chico "Batera", Canindé.



OM – Como era o nome da banda?

RC – Começou como Os Vikings e depois passou a ser D Mais. Logo em seguida, a banda acabou e eu passei um tempo como os Bárbaros. Depois veio Paulo Godeiro e o Super Som 2001 e nós passamos três anos fazendo som na antiga boate Snobe.



OM – Como você chegou aos Terríveis?

RC – Logo após esse período em que eu tocava no Snobe, eu recebi o convite para tocar no conjunto Impacto 5, de Natal, que tinha acabado de lançar um disco pela CBS, seguindo a linha do Renato e Seus Blue Caps. Na época, chegou realmente a ameaçar o sucesso deles.



OM – E como foi essa experiência?

RC – Para mim, foi um sonho. Eu cheguei em Natal em 1964, sem experiência, mas tive a sorte de pegar uma turma bastante profissional, musicalmente falando. De repente, eu já estava nos estúdios da CBS gravando a minha segunda música.



OM – Você passou quanto tempo no Impacto 5?

RC – Só durou nove meses. Então, eu retornei para Mossoró, de volta para o mesmo conjunto, no caso o Super Som 2001. Daqui, fomos fazer uma excursão, que durou um ano e oito meses rodando toda a Bahia. Isso em 1976, quando eu retornei para o Impacto 5, onde fiquei até 1978, ano em que fui pela primeira vez para os Terríveis.



OM – Ficou por quanto tempo?

RC – Fiquei de 1978 até 1985. De 85 em diante, eu voltei para o Impacto 5 e fiquei até 89, indo até o dia 18 de julho de 2002. Nesse período eu adquiri muita experiência, andei por muitas estradas, conheci muitos amigos. As pessoas sempre reconheceram nosso trabalho, Deus sempre me iluminou, me deu muita saúde e, acima de tudo, a força de vontade que eu sempre tive para com o meu trabalho. Eu me orgulho muito disso. A minha família me deu sempre força, a minha esposa, meus filhos, eu agradeço muito a Deus o apoio que eles sempre me deram.



OM – E como foi o seu trabalho com os Cavaleiros do Forró?

RC – Essa proposta apareceu para eu fazer uma participação como intérprete, sem compromisso. Eles estavam com o disco pronto faltando apenas gravar a voz. Eles queriam uma voz forte e que se identificasse com o estilo de forró que está rodando agora, como Brasas do Forró e Toca do Vale. Eu fiz o teste e passei. Eu gravei treze músicas do CD dos Cavaleiros, que até então não existiam. Eu já estava pendendo para o lado do forró há muito tempo, mas não tinha um estilo próprio. Os Cavaleiros veio apenas confirmar. Como experiência, as pessoas adoraram e aprovaram o estilo e foi um sucesso total. Tanto que até hoje a música "Se Réie Para Lá" é um sucesso.



OM – Por que você não continuou na banda?

RC – Eu não fiquei na banda porque eu ainda estava nos Terríveis. Participei do trabalho como experiência, que para mim foi muito válido porque serviu de ponte para o trabalho que eu venho fazendo. Eu deixei os Terríveis e montei a banda Forrozão Meus Amores, e montei a banda Meus Amores para fazer os trabalhos da campanha política de Larissa e Sandra Rosado, mas a característica é a mesma.



OM – E como será o CD?

RC – O trabalho virá com uma composição chamada "O Troco", de minha autoria, que é uma resposta para o "Se Réie Para Lá", de minha autoria. Graças a Deus, está sendo bem aceito e espero contar com o reconhecimento do povão.



OM – Você já compôs muitos jingles para campanhas políticas?

RC – Muitos! Eu comecei a trabalhar em política desde 1974. Em 85, eu trabalhei para Garibaldi Filho, para prefeito de Natal. Fiz a campanha de Geraldo Melo para o governo do Estado em 1986 com o grupo Terríveis. Em 88, eu fiz Natal, quando a disputa foi Henrique e Wilma, e daí por diante. Foram tantos jingles que já perdi até a conta.



OM – E os jingles deram sorte para os candidatos?

RC – Sempre! O senador Geraldo Melo sempre me chamou de pé quente. Garibaldi Filho também se elegeu. Wilma Maia, quando eu trabalhei, ganhou. A perspectiva agora é eleger Sandra e Larissa, que, pelo que eu entendo, será uma das mais bem votadas.



OM – Desses jingles, qual o mais famoso?

RC – O Tamborete de Geraldo Melo é uma referência, que tem um refrão que diz: "Sopra um vento forte no Rio Grande do Norte...", foi uma música que marcou muito e até hoje as pessoas cantam.



OM – Qual o conselho que você dá para o artista que está iniciando agora?

RC – Muita humildade, serenidade acima de tudo e respeito para com o público. Em toda profissão, você tem que gostar do que faz. Nós vivemos de opinião pública. Além de ser um bom profissional, você tem que saber lidar com as pessoas e respeitá-las, porque elas estão ali para comprar o seu disco, para ouvir você cantar. Respeito não se compra, se conquista.



OM – O espaço está aberto para você deixar a sua mensagem final.

RC – Eu agradeço a você, Luís Juetê, e a todos que fazem a FM 93 e ao jornal O Mossoroense. Até agora, eu tenho sido abençoado por Deus, porque tudo que eu imaginei do início do ano para cá tem acontecido comigo nos últimos três meses. Nada melhor do que recomeçar na cidade onde eu iniciei a minha carreira.




2 comentários:

  1. belas recordações , amigo tempos bons belas lembranças.shoooooow de bola

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    1. Valeu meu amigo Marquinho! Bons tempos mesmo irmão, se tiver alguma foto desse tempo, pode mandar!!
      um grande abraço!

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