terça-feira, 28 de junho de 2016

Elino Julião: O Potiguar de Timbaúba dos Batista


Bom tarde Caros Leitores! 

Nosso espaço hoje homenageia um grande artista Potiguar. O seridoense Elino Julião! Autor de músicas como Rabo do Jumento, Forró na Coréia, Cara de durão, dentre outras, Este Norte-Riograndense iniciou sua trajetória musical muito cedo. Seu pai, Sebastião Pequeno era tocador de violão e concertina, então, Elino logo cedo já animava as festas de Sant'ana, na Cidade de Caicó no seridó potiguar. Como vocês verão nos textos a seguir, todos eles com a devida fonte citada, Elino teve uma grande do seu ídolo musical, o paraibano Jackson do Pandeiro.

Tenham todos uma boa leitura, e boa semana!
Viva o são joão!
Viva nosso Nordeste!



Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2016.
Hélio Santa Rosa Costa Silva.


Nascido em 1936, Elino Julião tinha crescido no sítio Toco, zona rural de Timbaúba dos Batistas, a quase 30 quilômetros de Caicó, a maior cidade da região do seridó. Além de cuidar dos bois e vacas de Hermógenes Batista de Araújo, dono de propriedade, Elino tinha outra atribuição: botador água. Rumava até um açude próximo e, com latas usadas para armazenar querosene, enchia os barris de ferro para depois carregá-los na canga do jumento preferido – e lá ia Elino tangendo o animal, assoviando e batucando na lata as músicas que tocavam na rádio Rural ou no toca discos de Luttgardes, esposa do proprietário da fazenda. Quando tinha que ir a bodega comprar fosfóros, voltava cantando os sambas e xotes que aprendera. Entre juremas e cantigueiras, desfiava o repertório de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Manezinho Araújo. Atravessa a caatinga a pé para ir jogar futebol na cidade. Sabedor do estrago que causavam os espinhos dos xiquexiques, preferia enfrentá-los de peito nu.

"O couro é mais fácil de sarar, a camisa dá mais trabalho por que tem que pagar uma pessoa para remendar".

Também ia a Caicó para ouvir as músicas entoadas na festa de Sant'ana. Aprendeu a cantá-las e agradou. De lá, passou a animar os bailes de Caicó Esporte Clube. Ainda adolescente, seguiu para Natal, onde soltava a voz no auditório da Rádio Poti. Participava com regularidade de programas como Domingo Alegre, de Genar Wanderley. Agradou tanto que, no dia de uma das apresentações, o alvoroço do público com Elino despertou a curiosidade da atração principal, Jackson do Pandeiro. Quando terminou de cantar, foi chamado no camarim pelo paraibano:

- Gostei de você, sujeito! Mas rapaz, que beleza! Que maravilha! Você tá bom que tá danado. Quer trabalhar mais eu?
- Quero sim.

- E alguma coisa lhe impede? Daqui vou seguir para o Ceará...


Elino, então prestes a completar 18 anos, lembrou que teria de prestar o serviço militar obrigatório, Jackson manteve o convite:
- É um ano só, não é? Então faça o seguinte:

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Dia de São João e nossa festa de Padroeira, São Paulo Apóstolo em Pedro Avelino RN


Bom dia Caros Leitores!

O dia de hoje possui um sabor especial para o povo nordestino. Véspera do dia em que se comemora dia de São João, é dia de acender a fogueira e sair para dançar quadrilha e um bom forró!! 

Desta maneira, nada mais justo do que começar este dia relembrando e assim escrevendo alguns linhas sobre o mesmo.

Recordo deste dia de forma muito boa e nostálgica... Pra quem nasceu no interior do estado, sabe bem do que estou falando. Nessa época, meu pai sempre comprava bombas e traques, e assim, eu juntamente com meus irmãos, quando crianças, passávamos a noite na fogueira da nossa casa soltando traques, bombas, cobrinhas e mijão... era bem divertido!! Eita tempo bom!! Havia todo um ritual, saímos com papai para comprar essas bombinhas e traques na casa de Seu Daniel ali na Rua da Igreja. E depois voltávamos para casa, isso na Rua João Luiz da Câmara onde nossos pais ainda moram. Quando a noite chegava, era um festa só, todos ao redor da fogueira soltando nossos traques e bombas!! rsrsrsrs...

Essa época é muito festiva na nossa cidade, Pedro Avelino RN. Durante grande parte do mês de Junho se comemora o padroeiro da cidade, São Paulo Apóstolo 




Sendo assim, praticamente quase que todo o dia há um evento na nossa cidade. A Igreja costuma fazer missas quase todos os dias, onde em cada dia é homenageado um grupo de

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O poeta Maciel Melo e nosso São João Chegando...


Boa Tarde Caros Leitores!!

É O MÊS DE JUNHO CHEGANDO e  o nosso homenageado desta vez, é ninguém menos que o Grande Poeta Pernambucano Maciel Melo!! http://www.letras.com.br/#!maciel-melo


Este nobre artista é responsável por inúmeras canções que mexem com o coração do sertanejo. Suas composições foram cantadas por Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim e principalmente por Flávio José. Vi um documentário onde ele relata que inicialmente pretendia seguir carreira musical como violeiro, numa pegada semelhante ao baiano Xangai... No entanto, o destino acabou fazendo com que ele enveredasse pelo forró, onde muitos o conhecem como o Rei do Xote...



Esse pernambucano possui talento de sobra!! é impressionante sua versatilidade com a viola!! Suas letras merecem um destaque a parte. Quando Flávio José cantou pela primeira vez que nem vem vem nascia ali uma parceria que se tornou forte e duraria muitos anos... A fórmula passou a se repetir todo ano, o chamado disco do São João. E assim foi um sucesso atrás do outro...

QUE NEM VEM VEM

Quebrei no dente
Tô na história, tô e sei
Que sou motivo pra falar
Entrei de cara, cara
E tô saindo fora
Ta no tempo já é hora
De poder me desfrutar
Semente negra
Eu sou raiz poderosa
Aguada em verso e prosa
Na cacimba de Belá
Meu canto tem
O chaco-chaco de uma cuia
E tem, tem as manhas
Que Mestre Louro plantou
Pra colher um canto
Assim que nem vem-vem
E soar como um acorde de sanfona
Festejar que nem "Passarim" no xerém
Namorar com a batida da zabumba
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Por um forró
Que nem os de passagem funda
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Da-lhe zabumba
E Jacsom no pandeiro é ás
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Se essa morena não me quer
Não quero mais


Seguindo nessa batida, o que falar de velho arvoredo que ficou marcada no Trio Forrozão!!??


VELHO ARVOREDO
Cadê aquela sombra bela
Do velho arvoredo
Onde a gente se amava
Cadê aquele cheiro bom
de pasto mastigado
Onde ruminavam os bois
Cadê o riso de Luzia
Que me disse um dia
A lua é de nós dois
E a gente no velho arvoredo
A lua vinha cedo
Clarear o nosso amor
Pode me chamar de cafona
Eu gosto é de forró
Minha sandália é currupele
Ainda chamo cachete
Califim e carintó
Eu gosto de uma aguardente
Uma mulher decente
Pra ser meu xodó
E um cavalo bom de cela
P'reu montar com ela
E derrubar a dor
Numa boa vaquejada
Namorar com minha amada
Na sombra de uma flor

Flávio cantou e declamou clássicos de Maciel Melo... como