Bom dia Caros Leitores!
Chegou a nossa sexta feira!
Ontem a noite, um dos grande da nossa mpb lançou um box contendo 3
cds e 1 dvds, ambos inéditos. Esse cara, pra mim é um músico genial e completo. O cidadão está
comemorando seus 40 anos de música! Nada mais justo de homenagear
este paraibano de Brejo da Cruz pela segunda vez neste espaço. A
primeira publicação sobre o nosso Avohai, você encontra aqui...
Desta forma, mais uma vez compilo
alguns matéria sobre Zé Ramalho e publico aqui.
Espero que gostem! Salve Salve
Zé Ramalho e suas músicas!
Rio de Janeiro, 22 de Julho de
2016.
Hélio Santa Rosa Costa Silva
Cabeludos do Futuro
- JAAAAAACKSON!O grito acabou com o sossego naquela casa de Olaria, zona norte do Rio de Janeiro.
- Ô Jackson, tem uns cabeludos
lá fora querendo falar com
você!
O aviso de Tinda interrompeu o descanso do ritmista em
sua casa. Naquele ano de 1972, Jackson do Pandeiro andava ocupado com
a divulgação de seu disco mais recente, Sina de Cigarra,
produzido pela CBS sob a direção de abdias. Por isso demonstrou
certa contrariedade para atender as inesperadas visitas. Escutava
rádio – um aparelho enorme, de alça, parecido com um maleiro –
enquanto a mulher, Neuza lhe fazia as unhas, quando ouviu o grito do
irmão. Do lado de fora, violões em punho, estavam dois rapazes –
um de cabelo até os ombros e barba enorme, e outro de cabeleira
cacheada -, recebidos por Tinda com um olhar “de alto a baixo”.
- O que vocês vieram fazer aqui?
- Viemos falar com Jackson.
Tinda repetiu o olhar perscrutador e entrou. Daí, a um
pedaço voltou, ainda com certa desconfiança, abriu a porta, e os
visitantes entraram, deparando com a cena doméstica. Jackson os
recebeu com o mesmo olhar do irmão e disse para sentarem.
- O que é que vocês querem?
- Jackson, nós viemos aqui lhe convidar para defender
com a gente uma música no Festival Internacional da Canção, o
FIC...
- Que música?
- Uma música...
- Mas qual o tipo de música?!
- É embolada...
- Então cante...
O Barbudo que tinha tomado a
dianteira da conversa, pegou o violão e começou:
Estou montado no futuro
indicativo.
Já não corro mais perigo.
Nada tenho a declarar.
Jackson começou a ficar
animado, e o rapaz continuou:
Terno de vidro costurado e
parafuso,
Papagaio do futuro,
Num para-raio ao luar.
Fisgado o pandeirista gritou
para irmã, casada com Loza, irmão de Genival Lacerda, e integrante
do grupo de Jackson:
- Ô Briba. Venha aqui que tem dois cabeludos que não são cabra safado, não. Eles fazem coco de embolar.
E foi assim que os iniciantes
Alceu Valença e Geraldo Azevedo convenceram o veterano a cantar com
eles “papagaio do futuro” no palco no Maracanâzinho, naquele que
seria o último grande evento da era dos festivais. Vindos de São
Benardo do Una e Petrolina, respectivamente, Alceu e Geraldo se
conheceram no Recife e voltaram a se encontrar no Rio, para onde
tinham se mudado naquele mesmo ano. Quando foram à procura de
Jackson, nem tinham chegado ao primeiro disco - o que aconteceriam
justamente a partir da apresentação do festival, quando a
Copacabana os contratou para fazer o LP Quadrifônico, com
sete composições de Alceu, duas de Geraldo e três parcerias do
dois.
Também era 1972, outro cabeludo nordestino, nascido em Orós, no Ceará, mas que já havia passado por Fortaleza e Brasília antes de chegar ao Rio, entrava nos estúdios de uma gravadora para produzir o primeiro LP, Manera fru fru manera, pela Philips. Raimundo Fagner integrava uma turma de músicos cearenses que tinha chegado ao Sudeste a cerca de dois anos antes e logo passou a ser chamada pela imprensa de "pessoal do Ceará". Com essa assinatura coletiva, foi lançada em 1973 "Meu corpo, minha embalagem, todo gasto na viagem", dividido pelos fortalezenses Ednardo, Rodger Rogério e Teti. No ano seguinte, mais um cearense, este de Sobral, mas igualmente com passagem pela capital do estado, estreava como o LP Mote e Glosa. Chamava-se Belchior. Os cearenses também marcaram presença nos finais daquela edição do FIC: Ednardo e Belchior com "Bip bip", dos dois, e Fagner com "Quatro graus", dele e dedé.
Em comum, pernambucanos e cearenses tinha algo que os distinguia dos artistas nordestinos, até então tidos como referências nacionais da música regional: eram jovens de classe média, de formação universitária - Ednardo tinha cursado a faculdade de engenharia química; Fagner, a de arquitetura; Belchior, a de Filosofia e humanidades. e depois medicina; Geraldo Azevedo, foi aluno de desenho industrial; Alceu de Direito. Eles passaram os últimos anos de efervescente década de 1960 frequentando os meios estudantis e os bares lotados de artistas, boêmios e intelectuais - como a Cantina Star, na avenida Conde da Boa Vista, no Recife, ou o Bar do Anísio, na beira-mar de Mucuripe, em Fortaleza.
A vivência universitária, no entanto, não tornava o acesso deles às gravadoras menos difícil do que fora para as gerações anteriores de conterrâneos que migraram para o "sul", como resume Alceu Valença:
- Meu primeiro LP com Geraldo Azevedo nem era meu nem dele. Foi a maneira que encontramos de furar um bloqueio.
Antes de gravar Manera fru fru manera, Fagner ficou cerca de 3 meses perambulando pela porta da Philips até ser apresentado ao produtor Roberto Menescal e entregar a ele uma fita cassete. A chance de entrar em estúdio só veio depois que a tal fita chegou a Elis Regina, que se encantou por "Mucuripe" e gravou o álbum Elis, de 1972, deixando em evidência os nomes de autores, o próprio Fagner e Bechior.
Disco pronto, eles enfrentaram o descaso das gravadoras com a divulgação. O próprio Belchior, antes de alcançar o sucesso com Alucinação, passou despercebido com Mote e glosa - mesmo com o empurrão inicial dado por Elis ao gravar "Mucuripe". Com Fagner não foi diferente: considerando-se "chutado para segundo plano" pela Philips, acabou rompendo com a gravadora. Ele também seria demitido da Continental, onde gravou o segundo disco, Ave Noturna, em 1975, por declarar em entrevista havia gravado no pior estúdio do mundo, com músicos improvisados na hora, um horror. E foi tanta indiferença com que a Copacabana tratou Quadrafônico, de Alceu e Geraldo, que o fato rendeu até piada, em forma de charge feita pelo cartunista Henfil e publicada no semanário o Pasquim.
Mesmo depois de subir ao palco do FIC com Jackson do Pandeiro e ter o primeiro disco lançado, Molhado de suor, de 1974, Alceu Valença teve de pegar um megafone e sair pelas ruas divulgando o show Vou danado pra Catende, que apresentava no teatro Tereza Raquel, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele conta que no primeiro dia compareceram 50 pessoas, "amigos e convidados, no segundo, 28, "o resto dos amigos"; no terceiro 5 pessoas, "os inimigos que foram ver o circo pegar fogo". Bateu o desespero, e o artista resolveu se vestir de palhaço pegar o megafone e sair pelas principais ruas da cidade, acompanhando por uma charanga, convocando o público a comparecer. Deu certo: lotou a casa, então com capacidade para 650 pessoas.
Mas a partir de 1976, o jogo começou a virar:
Verdade, mentira, tranquila, agitada. Saramandaia, realidade fantástica de Dias Gomes. Estréia dia 03 de maio, segunda feira, dez horas da noite.
A Rede Globo de Televisão anunciava sua próxima novela para o horário logo após a linha de shows, na época reservado a produção de teledramaturgia de temática mais ousada - ou pelo menos tão ousada quanto permitia a censura em vigor. O autor Dias Gomes, surpreendeu o público com uma história fantástica, ambientada numa pequena cidade da zona canavieira da Bahia, em que mulheres explodiam de tão gordas ou pegavam fogo de desejo. Já os homens voavam, viravam lobisomem, botavam, o coração pela boca, ou formiga pelo nariz.
Luiz Gonzaga aparece duas vezes na trilha sonora da novela. Além de cantar "capim novo", música título do LP que lançara naquele ano e uma das oito que ele assinou em parceria com Zé Clementino desde "Xote dos cabeludos", seu Lua figurava como autor de "Xamego", dele e Miguel Lima, interpretada pela iniciante Fafá de Belém. Nos créditos também constava o nome de Antônio Barros, autor de xote "Sou o estopim", gravada pela atriz Sônia Braga especialmente para servir de tema à sua personagem na trama - a tal mulher que, literalmente virava brasa quando sentia vontade de fazer sexo.
No entanto, Saramandaia desempenharia papel crucial na difusão de outro artista nordestino, mais exatamente um daqueles rapazes vindo do Ceará e que até ali - embora tivesse conseguido a atenção da crítica e certo prestígio no meio artístico, ou por isso mesmo - se mantinha mais conhecidos pelo público universitário, como eram chamadas as plateias intelectualizadas de então. Tocada diariamente na abertura da novela, "O romance do pavão mysteriozo" apresentaria Ednardo ao Brasil. Para surpresa do próprio, que levou um susto danado quando ouviu a música na televisão. "Eu não sabia de nada. Até hoje não sei bem como a música foi parar na novela", afirmava ele ao Globo, cinco meses depois da exibição do primeiro capítulo do folhetim.
Mas qualquer sinal de in dignação do artista pelo uso não autorizado de sua criação se dissipou diante da repercussão obtida com a exposição na novela. Logo, logo o maracatu "O romance do pavão mysteriozo" tornou-se uma das músicas mais executadas nas emissoras de rádio do país inteiro; entrara para o repertório das bandas de baile (apesar do ritmo pouco adequado aos salões), e o compacto vendera 200 mil cópias - o LP que continha a faixa, o primeiro solo de Ednardo, também intitulado "O romance do pavão mysteriozo" e lançado dois anos antes, alcançou a marca de 40 mil exemplares depois do impulso recebido na novela. O país todo sabia de cor os versos:
Pavão mysteriozo,
Pássaro formoso.
Tudo é mistério
Nesse seu voar
A superexposição de Ednardo ocorria ao mesmo tempo que o conterrâneo Belchior experimentava o gosto do reconhecimento popular. Nesse caso, graças ao aval do artista de indiscutível popularidade. Ao ter músicas gravadas quase que simultaneamente por Elis Regina (Como nossos pais, Velha roupa colorida), Roberto Carlos (Mucuripe), e Vanusa (Pararelas), ele deixava de ser "apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco" para se tornar um artista celebrado pela crítica e um dos nomes mais presentes nas paradas de sucesso daquele ano de 1976: quatro faixa de seu LP Alucinação (Apenas um rapaz latino-americano, apálo seco, velha roupa colorida, e como nossos pais) figuravam no ranking das mais tocadas.
A expressiva vendagem de discos e a execução maciça em rádios das músicas de Ednardo e Belchior expunham pela primeira vez ao grande público, de norte a sul do país, o "Pessoal do Ceará" e, por consequência, dos arredores. Iniciava-se ali uma nova fase na história nos nordestinos na música popular brasileira. "Queiram ou não queiram, a bola agora está conosco", afirmou Fagner à Veja em 1976, animado pelas perspectivas que finalmente se abriam e disposto a dividir essa bola com quem mais chegasse. Convidado, em 1977, a tomar a dianteira do selo Epic, na gravadora CBS, fez dele uma espécie de plataforma de lançamento de artistas vindo do "norte", e começou produzindo "flor da paisagem", LP de estreia da também cearense Amelhinha. Do Epic/CBS também sairiam, nos dois anos seguintes, os primeiros trabalhos solo do paraibano Zé Ramalho (Zé Ramalho) e Elba Ramalho (Ave de Prata), e o segundo solo de Geraldo Azevedo (Bicho de 7 cabeças) - que depois de Quadrafônico, havia estreado sozinho com um LP pela Som Livre, Geraldo Azevedo, de 1977.
Desde que se mudara de Fortaleza para São Paulo, a fim de estudar comunicação, Amelhinha participava de shows e discos de Fagner, de quem era amiga; chegou a trabalhar como backing vocal de Vinìcius de Morais e Toquinho. Paraibana de Conceição, terra do Pinto do Acordeon, Elba tinha chegado ao Rio em 1974, convidada para acompanhar o Quinteto Violado no espetáculo A feira. Terminada a temporada no teatro Casa Grande, decidiu ficar na cidade para realizar o sonho de se profissionalizar, alimentado enquanto produzia espetáculos e trabalhava como cantora e atriz amadora em Campina Grande. Zé Ramalho tinha começado na música como integrante de banda de baile em João Pessoa, mas mudou de rumo a partir de 1974, quando passou a unir as influências roqueiras às referências musicais que adquirira na infância na cidade de Brejo da Cruz, ao mesmo tempo que integrava a banda de Alceu Valença.
".... "
.... Zé Ramalho, "mais declamado que cantor", na opinião de Kubrusly, representava o exemplo do que tinha alcançado o "pop nordestino": em outubro de 1979, a revista Veja noticiava que Zé, um ano após lançar o disco de estréia, e com o segundo pronto (A peleja do díabo com o dono do céu), acabara de excursionar por nove cidades mineiras, cantando para plateias de não menos qu e3 mil pessoas, por um cachê mínimo de 100 mil cruzeiros, o que lhe permitia manter uma banda de sete músicos e um segundo ônibus para levar a aparelhagem. Marinês participou de Força Verde, de 1982, cantando "banquete de signos". Disse ter ficada impressionada com "o jogo de imagens" nas letras do autor de "Admirável Gado novo". Para ela, Zé Ramalho mostrou depressa que sabia "transmitir tudo".
- Ele é aquele tipo de violeiro que faz um Nordeste sofisticado, mas que não deixa de ser um retrato fiel de nossa terra.
FONTE: - Marcelos, C.; Rodrigues, R. O FOLE RONCOU! UMA HISTÓRIA DO FORRÓ. 1ª edição, Editora Zahar. 2012, Rio de Janeiro. Páginas 301-310.
Fonte:
Zé Ramalho comemora 40 anos de estrada com
três CDs e um DVD
Selo Discobertas coloca nas lojas caixa com três CDs acústicos gravados com voz e violão e um DVD de making of celebrando os maiores sucessos do paraibano
Zé Ramalho vai festejar 40 anos de carreira com um box lançado pelo selo Discobertas, do produtor Marcelo Fróes. O material terá um CD acústico duplo com 22 sucessos de voz e violão, um DVD com o making of desta gravação e um terceiro CD bônus, que Zé gravou há 20 anos, também em voz e violão, mas que jamais lançou. É a primeira vez que o Discobertas, especializado em reeditar discografias históricas, trabalha com um disco inédito. Sobre seus 40 anos de estrada, Zé, que se apresenta nesta terça (28), no Teatro Bradesco, falou com o Estado por e-mail de sua casa, no Rio.
Bem, que pode ser um dos formatos para mostrar as canções. Existem muitos para se fazer um trabalho de celebração de 40 anos de carreira. E esse voz e violão não existia ainda na minha discografia. Parece simples – e é – para quem fez as músicas, mas, para o ouvinte, que vai consumi-lo, é uma novidade! São as canções que me acompanharam durante esses 40 anos.
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Você iria fazer um projeto parecido quando completava 20 anos de carreira. Quando ouve as versões tocadas com diferença de 20 anos, o que observa que elas têm de diferente?
As músicas estão mais maduras, no modo de cantar e tocar. Minha voz ficou mais grave, mas não precisei mudar os tons originais. As versões atuais estão um pouco mais lentas e soltas.
Suas letras são complexas e sua poesia traz uma narrativa cinematográfica, com figuras de linguagem e significados ocultos. Como nasce essa forma de compor?
Acho que foi devido ao período de minha formação intelectual e cultural, quando eu li e pesquisei livros filosóficos, livros de psicanálise, livros de ufologia, de misticismo, além de passagens bíblicas e da minha paixão pelo cinema, de onde tiro muitas situações e visões para transformar em letras que fazem os fãs “viajarem” quando escutam. Vila do Sossego é um exemplo dessas referências. Está cheia de passagens literárias e cenas cinematográficas.
Você acredita que muitos fãs podem cantar canções suas sem entender o que estão cantando? Isso faz alguma diferença para você?
Absolutamente! É uma das curiosidades do meu trabalho. Aliás, há na internet uma citação de um fã que deixou o seguinte recado para mim: “Zé, presenciei uma cena curiosa, um morador da periferia de Manaus escutando Avôhai. Quando eu estava caminhando pelo bairro, perguntei a ele: ‘Você entende o que quando escuta essa música?’. E ele respondeu imediatamente: ‘Não entendo nada, mas acho bonito’. É isso. O que as pessoas sentem é o que importa. Letras que carregam tais componentes são raras hoje em dia, devido à banalidade da grande maioria das canções executadas em rádio e TV.
Acredito que suas crenças interferem diretamente na criação. Você segue sendo o homem mítico, crente no mistério, nas vidas inteligentes fora do planeta? Ou algo mudou?
Nada mudou, continuo acreditando em todas essas fontes. Se algo modificou, foi no sentido de refinar cada vez mais essas minhas crenças. Não faço disso propaganda pessoal para ter ecos e respostas dos que me ouvem, mas sim, para alimentar tudo que plantei e colhi durante todos esses anos.
Drogas também estão no centro para alguns criadores. Você faz uso delas para chegar a alguns resultados específicos?
Houve um tempo, quando eu era jovem, em que fazia uso de algumas substâncias para despertar o lado criativo na hora de compor. Nos anos 1970, maconha, LSD e alguns cogumelos foram fontes de busca até porque Avôhai é uma música lisérgica, além de espiritual. Nela, durante a feitura, tem uma parte que diz: “Amanita matutina que transparente cortina ao meu redor”. Amanita é uma das espécies de cogumelos alucinógenos e eu descrevo uma parte da “viagem” nessa letra. Isso foi um período da minha vida em que me propus experienciar, como diria Jimi Hendrix: “Are you experienced?”. E há várias outras canções que estão ligadas a essas experiências. Hoje, navego com minha cabeça, mais tranquilo, mas sem nunca esquecer dessas sensações.
Há algum artista com o qual ainda gostaria de gravar?
Não são muitos, já gravei com quase todos considerados grandes. Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, os guitarristas Sérgio Dias, Pepeu Gomes, Robertinho de Recife, Andreas Kisser, Roberto Frejat… Além de imprimirem qualidade na gravação, dão grande prazer. Mas ainda posso ter, quem sabe, a chance de ter um músico como (o mexicano) Carlos Santana em um disco meu.
Para um homem que não esconde em sua obra a afeição por seus ídolos, qual outro nome poderia ainda ganhar um disco temático gravado por você?
Que tal “Zé Ramalho canta Elvis Presley”? Gostaria também de fazer um disco só com músicas da Jovem Guarda, que muito me incentivou no início da minha formação.
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