quinta-feira, 2 de junho de 2016

O poeta Maciel Melo e nosso São João Chegando...


Boa Tarde Caros Leitores!!

É O MÊS DE JUNHO CHEGANDO e  o nosso homenageado desta vez, é ninguém menos que o Grande Poeta Pernambucano Maciel Melo!! http://www.letras.com.br/#!maciel-melo


Este nobre artista é responsável por inúmeras canções que mexem com o coração do sertanejo. Suas composições foram cantadas por Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim e principalmente por Flávio José. Vi um documentário onde ele relata que inicialmente pretendia seguir carreira musical como violeiro, numa pegada semelhante ao baiano Xangai... No entanto, o destino acabou fazendo com que ele enveredasse pelo forró, onde muitos o conhecem como o Rei do Xote...



Esse pernambucano possui talento de sobra!! é impressionante sua versatilidade com a viola!! Suas letras merecem um destaque a parte. Quando Flávio José cantou pela primeira vez que nem vem vem nascia ali uma parceria que se tornou forte e duraria muitos anos... A fórmula passou a se repetir todo ano, o chamado disco do São João. E assim foi um sucesso atrás do outro...

QUE NEM VEM VEM

Quebrei no dente
Tô na história, tô e sei
Que sou motivo pra falar
Entrei de cara, cara
E tô saindo fora
Ta no tempo já é hora
De poder me desfrutar
Semente negra
Eu sou raiz poderosa
Aguada em verso e prosa
Na cacimba de Belá
Meu canto tem
O chaco-chaco de uma cuia
E tem, tem as manhas
Que Mestre Louro plantou
Pra colher um canto
Assim que nem vem-vem
E soar como um acorde de sanfona
Festejar que nem "Passarim" no xerém
Namorar com a batida da zabumba
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Por um forró
Que nem os de passagem funda
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Da-lhe zabumba
E Jacsom no pandeiro é ás
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Se essa morena não me quer
Não quero mais


Seguindo nessa batida, o que falar de velho arvoredo que ficou marcada no Trio Forrozão!!??


VELHO ARVOREDO
Cadê aquela sombra bela
Do velho arvoredo
Onde a gente se amava
Cadê aquele cheiro bom
de pasto mastigado
Onde ruminavam os bois
Cadê o riso de Luzia
Que me disse um dia
A lua é de nós dois
E a gente no velho arvoredo
A lua vinha cedo
Clarear o nosso amor
Pode me chamar de cafona
Eu gosto é de forró
Minha sandália é currupele
Ainda chamo cachete
Califim e carintó
Eu gosto de uma aguardente
Uma mulher decente
Pra ser meu xodó
E um cavalo bom de cela
P'reu montar com ela
E derrubar a dor
Numa boa vaquejada
Namorar com minha amada
Na sombra de uma flor

Flávio cantou e declamou clássicos de Maciel Melo... como
Caboclo Sonhador, Terra prometida, Chovendo Sinceridade que vcs recordam a letra destas músicas aí em baixo...

CABOCLO SONHADOR
Sou um caboclo sonhador 
Meu senhor, viu?
Não queira mudar meu verso 
Se é assim não tem conversa 
E meu regresso para o brejo
Diminui a minha reza. 
Um coração tão sertanejo
Vejam como anda plangente o meu olhar
Mergulhado nos becos do meu passado
Perdido na imensidão desse lugar
Ao lembrar-me das bravuras de Nenem
Perguntar-me a todo instante por Baía
Mega e Quinha como vão? tá tudo bem?
Meu canto é tanto quanto canta o sabiá
Sou devoto de Padim Ciço Romão
Sou tiete do nosso Rei do Cangaço
E em meu regaço fulminado em pensamentos
Em meu rebento sedento eu quero chegar
Deixem que eu cante cantigas de ninar
Abram alas para um novo cantador
Deixem meu verso passar na avenida
Num forrofiádo tão da bexiga de bom.


TERRA PROMETIDA
Foi num nublado Domingo
Que eu vim embora
Numa viagem à minha terra prometida
Buscar a sorte, encontrar uma saída
Pra minha vida decidir-se melhorar
Com uma mulher
Que Deus me deu sem preconceito
Que tenho feito
Tanto amor e quero mais
Quero cantar a vida decantado tudo
Que for bonito, tudo que apareça paz
Também sou um rapaz latino Americano
Eu não me engano
Tenho um taco nesse mundo
De poetas, cidadãos e vagabundos
Ou vaga-lumes que divagam bar-em-bar
Oh! Meu querido Pai celestial
Minha busca, é vida muito mais que morte
Uma procura, um rumo certo, aquele norte
Que desde garoto minha mãe diz ser legal


CHOVENDO SINCERIDADE:
Eu venho das bandas da Paraíba
Sinto que essa gente intriga
Com as coisas do meu Sertão
Tá claro, que eles vivem no escuro
Da grandeza de um monturo
De concreto e de ilusão
Eu trago dentro peito um machado
Bem fornido e afiado
Pra cortar a solidão das capitais
Eu venho com o coração aberto
Meio bobo, meio esperto
Meio vero, meio vão
Venho em inverno
Chovendo sinceridade
No trovejo da maldade
Essa cidade se estremece
E se estribucha a solidão.




Por fim, trago nos tempos de meninos... ou hino!!

NOS TEMPOS DE MENINO
Era o caminho da roça
E a pureza de Maria
A folha verede no mato
A chuva quando caia
"Passarim" rio regato
E a natureza sorria
Era o beijo que eu cultivava
A vida que eu bem queria
Do jeito que eu sonhava
Realmente acontecia
Queria um fruto eu plantava
Vingava o fruto eu comia
Da morte eu não tinha medo
A morte eu não conhecia
Não tinha nem um segundo
Andar no mato sem guia
Nunca era tarde nem cedo
Meia-noite ou meio-dia
Fui menino mais que sete
Ou dezessete léguas e meia
Menino fui cacetete
Menino fogo nas veias
Bola de gude, pivete
Menino bola de meia
Fui menino meia-noite
Menino fui meio-dia
Menino vento de açoite
Fui o ventre da folia
Menino trovão da noite
Fui chuva, fui invernia
Fui menino pistoleiro
Menino caramanchão
Menino fui sapateiro
Menino carro de mão
Menino fui cangaceiro
Menino fui lampião
Menino, também menino fui
E o tempo deu-me a alma sua
Deu-me batente de bares
Deu-me vida nua e crua
Becos e esquinas meus lares
Moleque ponta de rua

Seguidamente, ilustro algumas matérias que homenageiam este poeta do cancioneiro Nordestino!!

Boa leitura meus caros.

Rio de Janeiro, 02 de Junho de 2016
Hélio Santa Rosa Costa Silva






16/06/2013 18h19 - Atualizado em 16/06/2013 18h19

Há 30 anos Maciel Melo traduz 'sertanidade' em versos e melodias

Músico é o homenageado deste ano do São João do Recife. 
A data é comemorada ainda com lançamento de CD, DVD e autobiografia.

Luna MarkmanDo G1 PE
Maciel Melo (Foto: Luna Markman / G1)No ano em que festeja três décadas de carreira, o sertanejo Maciel Melo é homenageado no São João do Recife, lança CD, DVD e autobiografia (Foto: Luna Markman / G1)
Maciel Melo ainda era o "Neguinho de Heleno" quando vendia picolé e engraxava sapato para ajudar o pai Heleno Louro, agricultor e mestre sanfoneiro que animava festas de Iguaraci, no Sertão pernambucano, a 363 km do Recife. Trocou o Rio Pajeú pelo São Francisco, em Petrolina, trabalhando em escritórios. Aos 20, decidiu abraçar a carreira de músico, considerada "vagabundice" no interior, e rumou para a capital. Esse é o marco inicial da carreira deste caboclo sonhador, que está completando 30 anos, celebrados com lançamento biografia, disco, DVD e uma homenagem do São João do Recife. Ter a música "Rainha" na trilha da novela global "Flor do Caribe" também é um presente.

A canção é uma homenagem à mãe dele, Maria de Lourdes, escrita há anos, gravada apenas no disco "Sem ouro sem mágoa" (2009).  "Oh Maria Lourdes da Labuta/ Em Sumé foste doce, amarga e bela/ Paraíba foi tua passarela/ Pernambuco te trouxe a sedução/ O destino entregou tua missão/ Onze itens [filhos] a ti foi destinado/ E a lei que constitui o teu reinado/ Foi escrita com a tinta do perdão", diz a letra. Já "A poeira e a estrada" é o nome da biografia, escrita pelo próprio Maciel Melo durante os últimos três anos, que será lançada na segunda-feira (17), no Paço Alfândega, no Bairro do Recife, às 19h, junto com uma exposição sobre a carreira do artista.
Maciel Melo (Foto: Luna Markman / G1)DVD gravado em 2012 será lançado este ano
(Foto: Luna Markman / G1)
Maciel gosta de escrever e acha que ninguém melhor que ele pode contar o que viu, ouviu e viveu. "Eu sempre escrevia e guardava textos sobre assuntos que giravam em torno da geografia cultural e política do Pajeú, então resolvi reunir num livro. É a história do Neguinho de Heleno que saiu para o mundo para vencer, e fui floreando aqui e ali, romanceando passagens. Não tem uma ordem linear", explicou em entrevista ao G1, durante passeio de carro por mais de hora, amansando o trânsito bravo do Recife.
Um CD e um DVD homônimo ao livro devem ficar prontos até julho. O DVD foi gravado em 2012, no Teatro da Boa Vista, e contou com a participação de Chico César, Jessier Quirino, Jorge de Altinho, entre outros. O disco "Minha metade", lançado este ano, é comemorativo aos 30 anos de carreira. São 14 faixas, sendo duas regravações de Luiz Gonzaga, onde Maciel canta com Alceu Valença ("Assum preto") e Zeca Pagodinho ("Qui nem jiló"). As outras são xotes, baiões, toadas e canções inéditas, com participações de Zé Ramalho, Fagner, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Dominguinhos e Quinteto Violado.

Este último grupo pernambucano, inclusive, foi quem batizou Maciel Melo como compositor, ao gravar a música "Erva doce", em 1985. A banda fazia enorme sucesso naquela época, e a canção estourou. O artista já morava no Sudeste do País. É que depois do Recife, ele mudou-se para São Paulo, onde compôs "Caboclo sonhador", em 1982. "Ela é uma espécie de carta musicada para minha família. Estava no centro financeiro do País para tentar ser artista, ninguém ia mudar minha cabeça", contou.
Mantenho viva a ‘sertanidade’ na minha obra, as tradições e costumes do povo como temas, a aridez nas canções (...) Tem gente que é alienada, se for falar de política some, mas escuta se for música. Então essa é uma maneira de chegar aos ouvidos dos desatentos"
Maciel Melo, cantor e compositor
Os primeiros versos da letra mandam exatamente esse recado: "Sou um caboclo sonhador/ Meu senhor, viu?/ Não queira mudar meu verso/ Se é assim não tem conversa/ Meu regresso para o brejo/ Diminui a minha reza". Mas a saudade de casa estava no matulão do sertanejo: "Mergulhado nos becos do meu passado/ Perdido na imensidão desse lugar/ ao lembrar-me das bravuras de Neném [irmã mais velha de Maciel]/ perguntar-me a todo instante por Baía [irmã]/ Mega e Quinha [irmãos], como vão? tá tudo bem?/ Meu canto é tanto quanto canta o sabiá".

A composição só foi descoberta dez anos depois por Flávio José, que estava no auge da carreira e a gravou. Fagner também, popularizando-a ainda mais em todo o Brasil. O cantor cearense afirmou que a canção era um divisor de águas, ao recriar o forró nordestino na década de 1990. O diferencial de Maciel Melo eram as melodias habilidosas e as temáticas novas. "Eu sempre tive preocupação grande com a poética, a qualidade dos arranjos. Em 'Caboclo sonhador', por exemplo, uso palavras que não são rotineiras no forró. A minha intenção era fazer algo que não fosse banal, que botasse as pessoas para pensar e questionar", falou.

Esse talento foi reconhecido desde cedo, quando gravou o primeiro disco, "Desafio das léguas", em 1989, já com participações luxuosas de Vital Farias, Xangai, Décio Marques e Dominguinhos. Na época, ele morava em Salvador e estava envolvido com a musicalidade local. "Foi num show lá que conheci Dominguinhos e perguntei se dava para colocar a sanfona dele no meu disco, e marquei para o outro dia. Achava que ele nem ia lembrar, mas quando cheguei no estúdio ele estava lá embaixo, me esperando. Foi quando vi a grandeza dele, a genialidade, simplicidade, vai deixar um legado enorme para nós", lembrou.
Maciel Melo (Foto: Luna Markman / G1)O Santa Cruz e Luiz Gonzaga, duas paixões de Maciel Melo
(Foto: Luna Markman / G1)
Maciel Melo faz letra e melodia. Tem centenas músicas no papel e quase 200 gravadas. Paulinho da Viola e Djavan são intérpretes ainda desejados. Na música universal, urbana, elegeu Chico Buarque como compositor favorito. Já o poeta da música regional, para ele, é Zé Dantas, um dos grandes parceiros de Luiz Gonzaga, nascido também no Sertão do Pajeú, em Carnaíba. "A música que eu faço é a que Gonzaga gostava de cantar. Até pelo fato de eu ser discípulo dele e ter saído do Sertão com a minha personalidade formada, mantenho viva a ‘sertanidade’ na minha obra, as tradições e costumes do povo como temas, a aridez nas canções. Acho que 20% das minhas letras ele gravaria", palpita.
Homenagem
Iguaraci foi o berço de tudo, onde o Neguinho de Heleno ouviu os primeiros sons da sanfona do pai, das violas dos repentistas, a poesia dos cantadores. Quem chega lá vê na entrada da cidade a placa que diz "Terra de Maciel Melo". Agora, é a vez de o Recife, cidade onde mora, celebrar o artista. "Fico muito feliz com o reconhecimento dos meus conterrâneos. E quando fui indicado para ser o homenageado do São João aqui fiquei até meio silencioso, por causa da responsabilidade de ser escolhido entre tantos, pois Pernambuco é o celeiro do Nordeste. Estou honrado porque isso é prova que meu trabalho é útil."

Sabendo que sua música vai longe, Maciel não deixa de usá-las como protesto, como fez em
"Pingo d'água" e "Meninos do Sertão", esta última gravada em 2000 por Zé Ramalho. "Acho que a função da gente não é só entreter, mas denunciar, questionar. Tem gente que é alienada, se for falar de política some, mas escuta se for música. Então essa é uma maneira de chegar aos ouvidos dos desatentos", comentou. As letras do sertanejo podem ser duras, mas amolecem os quadris, são feitas para dançar. Ele muda arranjos e até usa guitarra elétrica, mas nunca fere a essência do que acredita ser o verdadeiro forró. "Pode me chamar de cafona/ Eu gosto é de sanfona/ Eu gosto é de forró", canta seus versos de "O Velho arvoredo".
Serviço
Lançamento do livro "A Poeira e a Estrada", de Maciel Melo
Segunda-feira (17), às 19h
Paço Alfândega - Rua da Alfândega, 35, Bairro do Recife
Maciel Melo  (Foto: Divulgação)Maciel Melo, durante show que virou DVD (Foto: Divulgação)





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FORRÓMaciel Melo lança biografia e fala sobre o amor ao SertãoCantor comemora 20 anos de sucesso da música Caboclo Sonhador

Publicado em: 13/06/2013 11:36 Atualizado em: 20/01/2016 16:51
Foto: Anaclarice Almeida/Arte de Jarbas/DP/D.A. Press
Foto: Anaclarice Almeida/Arte de Jarbas/DP/D.A. Press
A matutice de Maciel Melo é cultivada como algo sagrado e imaculável. O "neguinho enxerido" de Iguaraci, no Sertão do Pajeú, veio ao Recife em 1981. Morou em Salvador, São Paulo e no Rio de Janeiro, mas o coração sertanejo fala mais alto. "Saí do mato, mas o mato não saiu de mim. Escrevo sobre o mar e, de repente, aparece um jumento, uma lagartixa. Eu que tiro, tento tanger", brinca, em entrevista no apartamento, no Rosarinho.

No lar, móveis de madeira. Nada antigo, pois "o povo cobra os olhos da cara". Quando chegamos, ele tirava das mãos os restos da cola utilizada para fixar pedrarias à jaqueta jeans, parte do figurino. "Artista tem que andar fantasiado, engraxado, engomado", argumenta.
Escrevinhador de palavras, como ele se define, começou a rascunhar uma biografia romanceada em viagem à Bahia, há três anos. Parceiro de Geraldo Azevedo, Jessier Quirino, Alcymar Monteiro e Petrúcio Amorim, confessa gostar mais de fazer letras que melodias.

A história do Neguinho de Heleno, alter-ego do forrozeiro, seria o encarte do DVD comemorativo dos 30 anos, gravado em 2012, no Teatro Boa Vista, com lançamento previsto para o próximo semestre. Tinha tudo para ser, menos tamanho. Com 200 páginas, A poeira e a estrada (Carpe Diem, R$ 50) conta as histórias que o matuto viu e vivenciou.

Maciel escreve sobre a infância e juventude no Sertão, de onde saiu embalado pelo sonho de ser artista, até a conquista de um posto respeitável entre os forrozeiros nordestinos, ressaltado pelo título de homenageado do São João do Recife 2013, ao lado do coreógrafo e pesquisador  Mika Silva. Explica por que desistiu de ser um mega star. "O cabra não pode ir na bodega, sair na rua”, diz o fã de mercados. “E todo mundo me respeita, o flanelinha me reconhece. Está ótimo. Gosto mais de foto, porque autógrafo o cabra rasga". Ele já tietou Elomar (Figueira de Melo) e Gilberto Gil, mas prefere não chegar perto, para não se decepcionar, de Milton Nascimento, Djavan, Chico Buarque (“o maior de todos”, que escuta todos os dias, desde os 17 anos)."Se eu tiver oportunidade de encontrar no elevador, puxar assunto, vou futucar. Mas, até lá, não".
Caboclo sonhador, claro, tem destaque na narrativa. A canção, sucesso na voz de Flávio José, em 1992, e estourada com Fagner e Amelinha, em 1993, foi a reviravolta na carreira de Maciel. "Foi com ela que comprei telefone, carro", recorda. Em 2012, o neguinho foi escolhido para representar Luiz Gonzaga em tributo no Lincoln Center, em Nova York. E, 30 anos após a autoria de Caboclo sonhador, decidiu dividir em prosa e versos suas andanças.
O forró está bem?
Mais ou menos, não vou mentir não, mas dá para viver. As rádios não tocam. Está todo mundo lançando disco, mas ninguém escuta. Ainda está difícil. As prefeituras contratam uma porrada de bandas e querem pagar para você uma mixaria. Sem preconceitos, pelo amor de Deus, mas é aquela coisa da dança, do oba-oba. Não vejo muito conteúdo.

O que a internação de Dominguinhos representa para o forró pernambucano?
Tudo que você imaginar. Dominguinhos é escola de todo sanfoneiro. Uma vez, perguntaram a Sivuca: “Quem é o maior sanfoneiro do Brasil?”. “Eu”. Aí o jornalista perguntou “E Dominguinhos?”. “Você perguntou do Brasil. Sou eu. Agora, do mundo, é Dominguinhos”.

Como você conheceu Dominguinhos?
Em Salvador, quando estava gravando meu primeiro disco de cantoria (Desafio das léguas, 1987), com participação de Xangai, Vital Farias, Décio Marques. Tinha um show dele e fui no camarim, morrendo de medo. Vi aquela pessoa simples, falando com todo mundo. Aí ele falou com um cabrinha todo mal-amanhado, pensei “vai falar comigo também”. Disse que sou de Pernambuco, estava gravando um disco e queria convidá-lo. Aí ele disse “estou hospedado no hotel tal, passe lá”. No outro dia, fui. E ele já estava na recepção do hotel, com a sanfona no braço. Aquilo me deu uma vontade de ser artista tão grande. Fiz um show com ele há pouco tempo, no Manhattan, antes da internação. Está filmado.

Serviço

Lançamento de A poeira e a estrada
Onde: Shopping Paço Alfândega
Quando: Segunda-feira, às 19h
Informações: 3053-9858
Entrada gratuita
TVForrozeiro Maciel Melo vai atuar na novela global Velho ChicoEle viverá um repentista e está compondo canções para a trama

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco
Publicado em: 20/01/2016 17:15 Atualizado em: 23/02/2016 16:37
Maciel Melo, Rodrigo Santoro e Xangai nos bastidores das gravações. Foto: Instagram/Reprodução
Maciel Melo, Rodrigo Santoro e Xangai nos bastidores das gravações. Foto: Instagram/Reprodução


O cantor e compositor pernambucano Maciel Melo estará no elenco da novela Velho Chico. O "neguinho enxerido", como se denomina, vai começar a carreira nas telinhas ao lado de Xangai. Parceiro musical dele há mais de 30 anos, o artista baiano foi responsável por sugerir o nome de Maciel para a equipe de produção. Os dois serão repentistas e estão escalados para a primeira fase do folhetim.

"Estou ansioso. É uma experiência nova e um desafio para mim. Estou louco para começar a gravar. Tenho que ver como vou decorar texto. Estou no hotel, lendo o personagem", conta. Ele já está em Delmiro Gouveia, em Alagoas, onde se prepara para encarar o papel. Os dois devem escrever músicas para a trama - uma delas se chama A lenda do Velho Chico -, ambientada no Rio São Francisco e com cenas gravadas também no Rio Grande do Norte e Paraíba.

Os pernambucanos Irandhir Santos e Renato Góes também estão confirmados na novela, prevista para estrear em março. "Já conheci uma boa parte do elenco. Rodrigo Santoro, Rodrigo Lombardi, Chico Diaz, Cyria... É gente que só a peste. A gente se encontra sempre e fala sobre música", conta. De Luiz Fernando Carvalho e com supervisão de Benedito Ruy Barbosa, a novela terá Patrícia Pillar, Antônio Fagundes, Carol Castro, Letícia Sabatella, Christiane Torloni e Fabiola Nascimento no elenco.

Maciel Melo

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Maciel Melo nasceu em 26 de maio de 1962 na pequena Iguaraci, cidade do sertão pernambucano, a 363 km do Recife.
O pai, tocador de sanfona, ensinou-lhe desde cedo que o autêntico forró pé-de-serra não se limita a sanfona, zabumba e triângulo. Vale utilizar também o violão com baixaria, sopros, cavaquinho, banjo e até guitarra elétrica.
Maciel já entrou na história da música nordestina com o clássico "Caboclo Sonhador", sucesso com Flávio José e Fagner.
Virou uma referência para onde se voltam tantos cantores do gênero, que vivem na região, ou os que emigraram para o sudeste: Xangai, Santanna, os citados Flávio José e FagnerZé RamalhoElba Ramalho.
O primeiro disco de Maciel Melo, "Desafio Das Léguas", foi lançado em 1989. Um disco ousado para um desconhecido, com participações de Vital FariasXangai,Dominguinhos e Dércio Marques, que comprovam o seu talento.
Sete anos depois o álbum "Janelas" deu continuidade ao trabalho iniciado com dificuldade.
No ano seguinte (1997) ele gravou o disco "Retinas".
Em 1998 o artista participou do primeiro número da coletânea Só Forró, pela Kuarup. O álbum conta com a participação de grandes artistas nacionais, comoSivuca, XangaiDominguinhos, Marines e Petrúcio Amorim. Em 1999 Maciel gravou o disco "Jeito Maroto"; em 2000, "Isso Vale um Abraço"; em 2001 lançou "Acelerando o Coração". Ainda no mesmo ano ele emprestou seu talento à coletânea Só Forró II (Kuarup). Nesse CD Maciel Melo gravou ao lado de nomes como Jackson Antunes, Juraildes da Cruz, Heraldo do MonteDominguinhos e Genaro.
Já "O Solado da Chinela" foi gravado em 2002.
A temática de suas letras é fundamental para a continuidade do forró que teve as bases assentadas por Gonzagão. Não menos importante, o forró de Maciel Melo é feito para dançar. Não tem nada de forró pé-de-serra de ocasião, universitário da moda, moderno produzido em linha de montagem. É simplesmente atemporal, como toda grande música que se preze.

Biografia de Maciel Melo

Maciel Melo nasceu na pequena Iguaraci, cidade do sertão Pernambucano, a 363 km do Recife. O pai, tocador de sanfona, ensinou-lhe desde cedo que o autêntico Forró pé-de-serra não se limita a sanfona, zabumba e triângulo. Vale utilizar também o violão com baixaria, sopros, cavaquinho, banjo e até guitarra elétrica.

Maciel já entrou na história da música nordestina com o clássico “Caboclo Sonhador”, sucesso com Flávio José e Fagner. Virou uma referência para onde se voltam tantos cantores do gênero, que vivem na região, ou os que emigraram para o sudeste: Xangai, Santanna, os citados Flávio José e Fagner, Zé Ramalho, Elba Ramalho.

Veja seu DVD

O primeiro disco de Maciel Melo, “Desafio Das Léguas”, foi lançado em 1989. Um disco ousado para um desconhecido, com participações de Vital Farias, Xangai, Dominguinhos e Dércio Marques, que comprovam o seu talento.

Sete anos depois o álbum "Janelas" deu continuidade ao trabalho iniciado com dificuldade. No ano seguinte (1997) ele gravou o disco "Retinas". Em 1998 o artista participou do primeiro número da coletânea Só Forró, pela Kuarup. O álbum conta com a participação de grandes artistas nacionais, como Sivuca, Xangai, Dominguinhos, Marines e Petrúcio Amorim. Em 1999 Maciel gravou o disco "Jeito Maroto"; em 2000, "Isso Vale um Abraço"; em 2001 lançou "Acelerando o Coração". Ainda no mesmo ano ele emprestou seu talento à coletânea Só Forró II (Kuarup). Nesse CD Maciel Melo gravou ao lado de nomes como Jackson Antunes, Juraildes da Cruz, Heraldo do Monte, Dominguinhos e Genaro. Já “O Solado da Chinela” foi gravado em 2002.

A biografia de Maciel Melo

Publicado por em Notas às 12:00

MACIEL
Vale a pena ler a biografia do cantor Maciel Melo, grande homenageado do São João do Recife 2013. A Poeira e a Estrada relata a vida e a obra do sertanejo, que completa 30 ano de carreira este ano. O lançamento será nesta segunda-feira (17), às 19h, no Paço Alfândega.  Maciel conta que nunca pensou em ser escritor, mas ficou tentado com a possibilidade de se tornar um. Realizou o desejo contando a própria história com a contribuição de textos de José Teles, Jessier Quirino, Antônio Campos e fotos de urílio Santoz, Antônio Olavo, Paulo Rocha, Maurício Cordeiro, Murilo Maia, Fernando Azevedo e Marcelo Patriota. Detalhe para o glossário da obra, que traduz expressões bem pernambucanas para os leitores.


























Mais um pouco do nosso poeta e nosso São João... https://www.google.com.br/#q=maciel+melo+e+o+sao+joao

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