SE EU NÃO FOSSE... MAS SOU PROFESSOR
Foto 1: Marcão com seus alunos do Colégio CEI na capital potiguar.
Se eu não fosse professor, não perderia tantas noites de
sono corrigindo provas e textos, elaborando e planejando aulas.
sono corrigindo provas e textos, elaborando e planejando aulas.
Se eu não fosse professor, não teria tantos contratempos e brigas com tanta gente teimosa e barulhenta como meus alunos.
Se eu não fosse professor, não viveria reclamando do salário tão indigno à profissão, o qual me priva de certos prazeres.
Se eu não fosse professor, não estaria reclamando de não ter tempo pra curtir mais a vida como desejo.
Se eu não fosse professor, não teria que aturar certas palavras e atitudes de certos país que nos veem como seus submissos empregados.
Se eu não fosse professor, não lamentaria o tempo que despendi educando os filhos alheios em vez de educar os meus.
Mas, eu sou professor.
E, como professor, divirto-me corrigindo as coisas engraçadas, às vezes ingênuas, dos textos de meus queridos alunos.
Como professor, tenho o prazer de reconciliar-me com alunos que, pouco depois, reconhecem o erro e me pedem desculpas sinceras.
Como professor, curto os indescritíveis prazeres que só a leitura nos possibilita.
Como professor, tenho o supremo prazer do reconhecimento de tantas gerações que dividiram comigo o espaço do conhecimento (não há salário à altura disso).
Como professor, tenho a grandeza de compartilhar com tantos pais e mães a criação e formação dos seus filhos (e dos meus: tive a experiência única de ser professor pai, ou pai professor).
Como professor, enriqueci minha vida com a troca de experiências pessoais e profissionais com minhas inesquecíveis turmas e companheiros de trabalho.
Como professor, entendo hoje o que nos lembra o historiador inglês Joseph Joubert: "Ensinar é aprender duas vezes.".
Muito obrigado pelas eternas lições!
Natal, 15 de Outubro de 2015
Professor Marco Valério
Nenhum comentário:
Postar um comentário